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Esta investigação pretendeu analisar as vivências do divórcio parental em crianças. Os objetivos desta investigação consistiram em analisar a relação entre a resiliência e as capacidades e dificuldades das crianças, analisar a relação entre a resiliência individual e familiar, bem como analisar a relação entre a resiliência e a perceção dos conflitos interparentais. Para tal, recorreu-se a uma amostra composta por vinte crianças, entre os 6 e os 12 anos de idade, de ambos os géneros, e por vinte mães. Constituíram-se dois grupos: um grupo experimental, composto por dez crianças e dez mães que experienciaram o divórcio; e um grupo de controlo, composto por dez crianças e dez mães de famílias intactas. Os dados foram recolhidos presencialmente, num único momento. Para a recolha de dados recorreu-se a uma entrevista estruturada para caracterizar as famílias, ao Strenghts and Difficulties Questionnaire (SDQ), que avalia o desenvolvimento socio-emocional da criança. Recorreu-se ainda à Healthy Kids Resilience Assessment Module (HKRAM), que pretende avaliar a resiliência dos jovens, à Family Resilience Assessment Scale (FRAS), que avalia a resiliência familiar, e ainda, à Children’s Perception of Interparental Conflict Scale (CPIC) a perceção do conflito interparental. Da análise aos resultados verificou-se que, não obstante as dificuldades as crianças inquiridas têm vindo a lidar eficazmente com a separação e apresentam resiliência, ou seja têm conseguido gerir as adversidades e não se deixaram submergir pelas consequências negativas. Das variáveis estudadas, apenas entre a resiliência familiar e individual, pareceu haver uma relação positiva significativa. Ainda que ténues, as diferenças entre as famílias divorciadas e intactas, existem. |