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O presente relatório espelha o trajeto de intervenção e de reflexão tidos ao longo da imersão na prática que, por sua vez, sustentaram a construção da identidade profissional e uma investigação em contexto de JI, inserida no âmbito da Prática Profissional Supervisionada II, ao longo de, aproximadamente, quatro meses, com um grupo de vinte e quatro crianças com idades compreendidas entre os quatro e os seis anos, uma educadora de infância e uma assistente operacional. Não poderia partir para uma intervenção devidamente alicerçada e fundamentada sem antes caracterizar, de forma reflexiva, o contexto socioeducativo em que me inseri e, gradualmente, integrei. Somente ao conhecer a conjuntura associada ao mesmo se revelou pertinente realizar uma investigação que se intitulou “As crianças como protagonistas da escolha das salas num jardim de infância: Potencialidades e desafios”, que surgiu da particularidade da abordagem pedagógica, própria da organização socioeducativa, sendo caracterizada pela oportunidade que as crianças têm, todos os dias, de escolher que sala de atividades – sala do Jogo Dramático, sala Intelectual e sala das Expressões – querem frequentar durante o período da manhã. Neste sentido, o estudo operacionalizou-se através de uma abordagem qualitativa e interpretativa, norteando-se pela metodologia de estudo de caso, e utilizando como técnicas de recolha de informação a observação direta e entrevistas semiestruturadas às três educadoras de JI em que a escolha das salas tem lugar, assim como entrevistas estruturadas a trinta e duas crianças e, como instrumentos, as notas de campo, grelhas de observação e guiões de entrevistas. Os resultados obtidos permitiram colocar em evidência que a abordagem pedagógica, criada pela diretora da organização socioeducativa, foi concebida com o intento de inovar na educação e defender a participação das crianças, participação essa indelevelmente ativa, confirmando o protagonismo das mesmas na escolha das salas, podendo experimentar, com liberdade e autonomia, diversas vivências propiciadas pela interação com vários/as adultos/as e crianças.
This report mirrors the path of intervention and reflection taken throughout the immersion in practice, which, in turn, supported the construction of the professional identity and an investigation in the context of a preschool, within the scope of Supervised Professional Practice II, during, approximately, four months, with a group of twenty-four children aged between four and six years old, a kindergarten teacher and an operational assistant. I could not start a properly grounded and founded intervention without first characterizing, in a reflective way, the socio-educational context in which I was inserted and gradually integrated. It was only when I got to know the context that it became pertinent to carry out an investigation entitled “Children as protagonists in choosing rooms in a kindergarten: Potentials and challenges”, which arose from the particularity of the pedagogical approach, specific to the socio-educational organization, being characterized by the opportunity that children have, every day, to choose which activity room – Dramatic Game room, Intellectual room and Expressions room – they want to attend during the morning period. In this sense, the study was operationalized through a qualitative and interpretative approach, guided by the case study methodology and with information gathering techniques such as direct observation and semi-structured interviews to three kindergarten teachers in which the choice of rooms take place, as well as structured interviews to thirtytwo children, and fieldnotes, observation grids and interview guides as information gathering instruments. The results obtained made it possible to highlight that the pedagogical approach, created by the director of the socio-educational organization, was conceived with the intent of innovating in education and defending the participation of children, a participation that is indelibly active, confirming their protagonism in choosing the rooms, being able to experience, with freedom and autonomy, different experiences provided by interaction with various adults and children. |