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Os espaços verdes urbanos desempenham um papel fundamental na sustentabilidade dos ecossistemas urbanos, fornecendo diversos serviços ecossistêmicos (SE). No entanto, a quantificação e valoração dos benefícios ecológicos desses espaços ainda são pouco abordadas e aplicadas no planeamento e design urbano. Face a este gargalo, este estudo teve como objetivo quantificar os SE e atribuir seus respectivos valores monetários, além de avaliar a diversidade das espécies identificadas no inventário arbóreo do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), no nordeste de Portugal. Foram utilizados os índices de Shannon (H’), Simpson (D’) e a Equitabilidade de Pielou (J’), a fim de atribuir a diversidade florística da área. A modelação dos SE, foi realizada por meio do software i- Tree Eco v.6, concomitante aos dados do inventário (espécie; diâmetro altura do peito; altura total; condição fitossanitária da copa; e uso do solo) e aos dados das condições socioambientais locais (habitantes, habitantes por km², precipitação e poluição anual). O inventário arbóreo do IPB contabilizou 517 árvores, distribuídas em 45 espécies. As espécies Cupressus lusitanica , Aesculus x carnea e Platanus x hybrida representam 28,2% da população total. A diversidade, avaliada pelos índices de H’ (3,15), D’ (0,06) e J’ (0,83), foi considerada moderada e bem distribuída, indicando baixa dominância e boa uniformidade entre as espécies. Estima-se que as árvores removam 84,93 kg de poluentes anualmente, gerando 36,43 euros, com Cupressus lusitanica e Platanus x hybrida responsáveis por 82% dessa remoção. Embora emitam 42,9 kg/ano de compostos orgânicos voláteis, o saldo líquido é positivo, com 42 kg de poluentes removidos por ano. As árvores absorveram 3,51 ton/ano de CO₂, avaliado em 390 euros por ano, e estocam 79,8 ton, correspondendo a 8.860 euros. A população arbórea também evitou o escoamento com 73,12 m³/ano de água, representando 678 euros. O valor total dos serviços ecossistêmicos alcança 1.104 euros anuais, chegando aos 9.960 euros , quando somados ao CO₂ estocado. Cupressus lusitanica foi a espécie que mais contribuiu economicamente, gerando mais de 3.900 euros em benefícios. O software i-Tree Eco mostrou-se eficaz na quantificação de SE em ambientes urbanos. Os resultados do inventário arbóreo do IPB enfatizaram a importância dos espaços verdes na mitigação dos impactos da urbanização, além de servirem como uma ferramenta consultiva para aprimorar normas de controle e projetos de gestão, garantindo a sustentabilidade e a resiliência urbana.
Urban green spaces play a fundamental role in the sustainability of urban ecosystems, providing various ecosystem services (ES). However, the quantification and valuation of the ecological benefits of these spaces are still poorly addressed and applied in urban planning and design. Given this bottleneck, this study aimed to quantify ES and assign their respective monetary values, as well as assessing the diversity of the species identified in the tree inventory of the Polytechnic Institute of Bragança (IPB), in northeastern Portugal. The Shannon (H'), Simpson (D') and Pielou Equitability (J') indices were used to assess the floristic diversity of the area. The SE modeling was carried out using the i-Tree Eco v.6 software, in conjunction with the inventory data (species; breast height diameter; total height; phytosanitary condition of the canopy; and land use) and data on local socio-environmental conditions (inhabitants, inhabitants per km², precipitation and annual pollution). The IPB tree inventory counted 517 trees, distributed among 45 species. The species Cupressus lusitanica, Aesculus x carnea and Platanus x hybrida represent 28.2% of the total population. Diversity, assessed by the H' (3.15), D' (0.06) and J' (0.83) indices, was considered moderate and well distributed, indicating low dominance and good uniformity between species. It is estimated that trees remove 84.93 kg of pollutants annually, generating 36.43 euros, with Cupressus lusitanica and Platanus x hybrida responsible for 82% of this removal. Although they emit 42.9 kg/year of volatile organic compounds, the net balance is positive, with 42 kg of pollutants removed per year. The trees absorbed 3.51 tons/year of CO₂, valued at 390 euros per year, and stored 79.8 tons, corresponding to 8,860 euros. The tree population also prevented runoff with 73.12 m³/year of water, representing 678 euros. The total value of ecosystem services amounts to 1,104 euros per year, reaching 9,960 euros when added to the CO₂ stored. Cupressus lusitanica was the species that contributed most economically, generating more than 3,900 euros in benefits. The i-Tree Eco software proved to be effective in quantifying ES in urban environments. The results of the IPB tree inventory emphasized the importance of green spaces in mitigating the impacts of urbanization, as well as serving as a consultative tool for improving control standards and management projects, guaranteeing sustainability and urban resilience. |