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O trabalho doméstico é historicamente desempenhado por mulheres. Uma vez, considerado improdutivo, este é marginalizado e desvalorizado. Silvia Federici (2019), em sua obra " O Ponto Zero da Revolução: Trabalho Doméstico, Reprodução e Luta Feminista ", aborda como o capitalismo reforça esse fenômeno, ao considerar o trabalho reprodutivo e doméstico essencial para a manutenção do sistema econômico. Essa pesquisa, de caráter teórico, visa explorar como esse fenômeno se dá na vida das mulheres e contribui para a desigualdade de gênero. O objetivo dessa pesquisa é analisar as ideias de Silvia Federici sobre o trabalho doméstico, além de compreender como a desvalorização do trabalho reprodutivo afeta as mulheres e perpetua desigualdades. A metodologia dessa pesquisa se dá a partir de uma revisão bibliográfica de obras de Silvia Federici, com ênfase em seu livro anteriormente citado. Além disso, realizamos a análise de artigos e textos complementares que abordam a relação entre trabalho doméstico, capitalismo e gênero. O método de análise é qualitativo, a partir de um estudo teórico focado na interpretação crítica das ideias da autora e na comparação com estudos contemporâneos. Os resultados das análises parciais sobre o material teórico apontam que Federici considera o trabalho doméstico uma peça-chave no funcionamento do capitalismo, ainda que este seja sistematicamente ignorado. Essa invisibilidade contribui para a reprodução da divisão do trabalho, em torno da desigualdade de gênero. A análise sugere que, apesar dos avanços nas discussões feministas, a desvalorização do trabalho doméstico persiste como uma barreira à igualdade de gênero. Essa pesquisa se justifica pois fomenta um lugar de debate sobre a exploração e perpetuação das desigualdades de gênero, além do reconhecimento do trabalho doméstico como parte integrante da economia capitalista. |