Este texto articula-se com as bases teóricas que criam e produzem a psicologia da diferença – denominação que atribuímos à modalidade de psicologia potencializadora, desterritorializadora e maquinada nas premissas da singularidade e pluralidade que habitam os contornos subjetivos. Esta postura ética de pensar fazer a prática psicológica dedica-se a um pensamento que reconhece os aprisionamentos, territorializações, mas também os rizomas que se transpassam e criam. As linhas que se sucedem nessa produção buscam explanar a respeito das produções de conhecimento, os lugares de fala, as territorializações e o processo criador - da recognição. É um espaço que ultrapassa o simplório ato de criticar e move-se no reconhecimento das produções criadoras e dos legítimos lugares de fala. Colocamos em evidência os movimentos branquificados dos discursos nortenhos que incansavelmente colonializam o conhecimento territorializando-o em atos de recognição que levam a uma educação da repetição. O ato criador por sua vez é baseado na diferença que permanece em contínuo devir metamórfico. A escrita é potência que permite exprimir pensamentos insurgentes que escapam ao laço colonizador. Processos de educação potencializadora, geradora de atos criadores, perpassam atos que desviam do colonialismo e devém.